MUSA DO SOL
dgaudioprocopio o Poeta
MUSA DO SOL
Se ao meu alcance estivesse,
E fosse meu o poder,
Daria a cada uma
Um par de olhos azuis;
Vestiria-as com vestes brancas (longa):
Branco, lilás ou azul turquesa.
A tez branda! Nem muito
Nem menos, um meio termo.
Morena suave!
Um ligeiro decote
Não muito avançado.
Cabelos castanhos, longos...
Ligeiramente ondulados
Em cascata a cobrir o busto.
Adorná-las-ia, com flores
Sobre a fronte direita
Presas aos cabelos.
Algumas menores
Por sobre os cabelos.
Deixaria que seus cabelos crescessem,
Decaíssem sobre os ombros
Até aos quadris.
Adornaria meu jardim.
Ao nascer do sol
Aos primeiros raios.
Os cabelos, um pouco esvoaçantes.
Ao sabor do vento
A brisa suave,
A doce aragem da manhã.
Os raios do sol a banhar
Os fios dourados ou castanhos
Dos cabelos...
A suavizar e a bailar.
Olhos azuis, olhos verdes.
Que o brilho dos seus olhos
Confundisse
Com o brilho do sol
A ofuscar os homens.
Dentes em marfim;
Lábios vermelhos, lábios puros...
Ao natural!
Uma beleza pura.
Sem mácula, sem maquiagem
O beija-flor e o pinta-silva
As invejariam
Sem a corrupção externa
Que estraga a beleza
Da mulher brasileira.
Essência feminina, esta
Simplesmente, mulher!
O elo perdido, musa mulher.
E me poria a contemplar
A ofuscante beleza
Da mais excelente criatura terrestre
Já concebida nesta galáxia
Se ao meu alcance estivesse...
E fosse meu o poder,
Daria a cada uma...
Dois olhos azuis
D `Gáudio Procópio
FOTO: D´GÁUDIO
POEMA DO LIVRO: PORTAL DAS ALMAS Pag. 67
Reg. na B/N Nº 520794 12/02/11