DEU BRANCO NA MÚSICA
dgaudioprocopio o Poeta
TEMA: MÚSICA BRASILEIRA
CONTEÚDO: MENTES VAZIAS, HOMENS DEVOLUTOS!
Engraçado! Um amigo me pediu para escrever um artigo meio que estranho! Controverso, desconstrutivo e bastante vago. Poxa mas que roubada?! O que é ser controvertido, controverso e desconstrutivo perante o vazio das mentes que vagam hoje mundo afora? O que diríamos ou por que diríamos que a música brasileira hoje é algo totalmente vago e desconstrutivo? Não se têm mais noções do que se escrevem ou se cantam por aí. O Brasil se tornou uma grande “latrina” musical e nossos ouvidos uns verdadeiros penicos! Pode?! Por exemplo: neste momento enquanto escrevo esse texto ou tento redigir estas palavras ouço uma música totalmente vulgar, redundante e repetitivamente erótica. Um duplo sentido. Ou uma mensagem sublinhada. “Percebam vocês: ‘AI SE EU TE PEGO” “AI NOSSA” “ASSIM VOCÊ ME MATA!”. E assim é a letra. Ou melhor: essa é a letra! Tem algo mais desconstrutivo, vulgar e berrante do que isso?! O que ela constrói? Ou o que ela ensina? Qual o benefício cultural para nossos jovens. Qual a mensagem social? E que ganha o Brasil com isso? E por aí vai... “É NA BOQUINHA DA GARRAFA” “É O TCHAN”! ’
Você já parou para pensar e analisar as letras das músicas que cantam hoje? Tantas coisas belas que temos em nossa fauna, flora e riquezas de nossa gente? Mas o homem só sabe fazer música sobre a mulher. Coitada da mulher! Serve para tudo. Até para ser escrachada pelo sexo oposto em letras musicais. E o mais ridículo é que a própria mulher aplaude sua decadência. Ô raça desunida! Entre outros temas como: mulher, sexo, droga e balada. O homem manda a mulher rebolar até ao chão: ela rebola. Manda-a dançar na boquinha da garrafa: ela dança. Manda colocar as mãos no chão levantar a perna balançar o rabinho: ela faz. Então? O que vocês me dizem?
Imaginem que um amigo meu compositor, cantor, sambista e carnavalesco encontrou-se com um amigo seu que se dizia ser músico. Ele então perguntou: você entende partitura? Sabe ler e qual o valor de cada nota? Ele respondera que não. Então meu amigo rechaçou: então você não é músico! Você é um tocador! Resultado: o músico tocador ficou bastante irritado.
Então vamos para o vago. Isso não é bastante vago? Desproporcional e desconstrutivo. Um músico que se diz músico e que não conhece partitura. E como fica nossa música brasileira hoje? Como você a classificaria, ou onde ela se enquadraria?
Música POP? MPB? BREGA? SERTANEJA OU ROCK? E que dizer então da música GOSPEL? A final, o que é “MÚSICA GOSPEL”? Até hoje não consegui entender o que é música gospel. Segundo minha ignorância e os dicionários de Português-Inglês-Português e o excelentíssimo senhor GOOGLE. GOSPEL é um estilo musical oriundo dos USA, mais precisamente dos cultos evangélico-religiosos. Da classe dos negros. Ou seja: é um estilo totalmente neoafricano. Não por que sejamos racistas ou contra os negros. Pelo contrário: VIVA os nossos negros! Brava gente! Pois quê? Somos todos descentes da África ou estamos eternamente ligados pelo umbigo e dependentes dos americanos? E onde ficam nossas originalidades, criações e raízes culturais? Temos nossos próprios negros. Não precisamos mais importá-los. Temos nosso estilo. Até nosso Rock é um arremedo do Rock americano. Por que o rock tem que ser cantado em inglês ou outro idioma qualquer? Não em um bom português? Então viva RITA LEE! Cantora brasileira que satirizou o rock e fez xixi na música popular brasileira. Ai que saudade dos tempos em que ela fazia xixi na musica pop. Saudade dos tempos em que se faziam musica com coesão! Com emoção e valores nacionais. Transmitindo algo de construtivo, visto que traziam em seus bojos mensagens que faziam algum sentido.
Mas hoje? Que tal: “negra do cabelo duro que não gosta de pentear...” ou “rebola, rebola, e vai até ao chão”. P..., meu! Tem algo mais vulgar, controverso, desconstrutivo e fútil que essas musicas de hoje? Sem falar nas cabeças e mentes fazias desses compositores de m..., sem ideologias poéticas e culturais. É a maior falta de respeito e consideração para com nosso povo brasileiro. E público então? Esse povinho medíocre que não tem gosto musical, não tem critério de seleção. Toca-se qualquer m..., grava-se qualquer porcaria... E lá se vão eles rebolando até o chão!
VAI TER GOSTO RUIM ASSIM LÁ NA CONXIXINA!
Para o cúmulo do absurdo e provar que nada se cria tudo se copia, enquanto escrevia este artigo, assistia uma matéria na televisão onde dizia que uma das músicas aqui em questão “AI SE EU TE EPGO.” não tem sua criação oriunda do cantor em Ascenção no momento. Imaginem: é um produto brasileiro mas é uma regravação! Fora gravado por um grupo fora do Brasil. “há controvérsias” Outro absurdo maior ainda eu vi ontem: estava trabalhando a noite em uma festa num clube dançante aqui do centro de Teresina, muito conhecido e frequentado pela sociedade local. E a banda que tocava tem um nome nada criativo e educativo, típico e condizente com os frequentadores desse tipo de eventos. “BANDA DE FORRÓ (CHICA DA ÉGUA)”. Tinha mesmo que ser uma chica da égua! Fazendo apologia a violência e incentivando ao escrachamento moral. Entre os gritos de guerra da banda na voz do seu vocalista mandava que todo mundo beijasse na boca mesma que a outra pessoa não consentisse. E ainda mandava que todos os homens sentassem no chão. Quem não fizessem seria tachado de corno. Pode um negócio desses?
Por ai você tira meu caro amigo, o buraco músico-cultural em que estamos vivendo. É preciso colocar um pouco mais de cultura, poesia e coerência nessas musicas que se fazem hoje dia. É preciso que haja POESIA em tudo isso! É preciso que haja amor. É preciso compromisso com a moral e ÉTICA em tudo que se espalha mundo afora. Por que depois que grava e taca nas rádios e tevês, vira merda!
D`Gáudio Procópio
Teresina, 16 de janeiro de 2012.