ASSIM É O OLIMPO
dgaudioprocopio o Poeta
COMO NO OLIMPO
Morrer não é padecer, não é a alma...
Morrer não para ser, para um acaso.
Morrer como morre a minha irmana
Como no olimpo que foge o vento.
Morrer como o alado que deslumbra
Na dor da lança que vara o bravo
Que grita que foge, o fraco que vaza
Do glúteo que urge qual sol de tardinho.
Como a alma que rasga que vaza a lira
Do bravo que urge emerge da turba, na
Turba que grita o nome do bravo herói;
Morrer simplesmente, ânsia que destrói.
Morrer na tua alma que emana e flutua
Uma névoa envultuadora da germânica
Enpactuada com a dor da usura pérfia
Devastando a essência da alma que cria.
Oh! Vem e vê! Vedes e terdes a certeza...
Pelo simples prazer do viver... A dor! Ira.
Não tente entender, compreender, desfrute.
Pois logo será... Mais um alado que brada.
Ô dor lancinante que mata a alma mas
Não tira a vazão do ego que sofre a incerta...
Mortes como no além! Morres como no olimpo!
Entre vales e planos. Relentos, rebentos, mortos.
Vivos talvez! Mas para quê?
Se o passado é um herege,
O futuro um vilão,
O presente: uma dor!
Oh! Morte gloriosa vibrante! Venha!
Para fazerdes o nostálgico uma lenda.
Tua prenda. Venhas enquanto podes,
Porque só há prazer enquanto há vida...
Depois... Só o estupor da incerteza!
Então não haverá mais prazer:
Na emoção do traspasso da lança
E do sangue a jorrar! Pela amada
Que chora ao relento e soberba do vento
Pelo cheiro do amor, a paixão avassalar
Enquanto parte as entranhas, permanece
A oferenda: da virgem gazela, donzela,
Oferendas, ofertas, prenda seleta, pudor!
Assim é o bravo que chora no peito
Ao regalo do ventre. Uma oferenda!
Morrer no olimpo, se puder ter.
D`Gáudio Procópio
Não tentem entender, nem compreender.