O HOMEM E O PORCO
dgaudioprocopio o Poeta
O HOMEM E O PORCO
Diferes tu, ó bíceps do quadrúpede porco,
Que por natureza é irracional, mas vivente!
Porquanto vivente tu! Mas racional e porco
E porco racional: bíceps contumaz vivente!
Mas, es tão porco quanto um porco de fato,
Que de porco tem tudo, menos tua pureza,
Em quais deverias optar, pelo dito e exato!
Tais atos e exatos definem bem a natureza.
Diferente porco por estrutura esquelética
No formato da criatura por subsistência
Em tais atos e atitudes duma vida patética
Difere tua alma tétrica em tuas primícias.
Difere-te em atos vis e imprestáveis ó débil!
Que de muito se espera um pouco do ignóbil
Que pensas, passas e paras: fruto apodrecido,
Resmungando e guinchando num lago fedido.
Em que a ti difere do porco, ó insalubre esterco?!
Deitando e fuçando, erguendo e escavando chão
Como dorme o porco, espoja-se o dito canastrão.
Fazes tu com putréficos espasmos de um boneco.
Difere-te, ó Ignóbil e desprezível ser irritante!
Pelas tuas entranhas ancestrais por sina herdante.
Em que consiste tua postura racional conflitante
Se és pior que o quadrúpede: um suíno estercante.
Difere-te ó ser deprimente e putrefante humano
Em que és melhor que o porco? Espectro vivente?
D`Gáudio Procópio