CANTO DA LIBERDADE
dgaudioprocopio o Poeta
CANTO DA LIBERDADE
Há um concerto em meu quintal
Aos ritmos de gorjeios sem igual:
Desenvolve-se uma festa matinal
Que ao longe vai o cântico liberal.
Suave como uma brisa que logo se espalha
Pelo Céu da imensidão em notas rítmicas.
Vê-se o verde pelo vão duma triste janela
Em dimensões cubículas e centimétricas.
Anunciando que ao fim chegara o concerto
Voam em asas uma dupla de cantores líricos.
Ou que partem ou que chegam: É por certo?
Não cabem a ti os motivos; vosso é o delírio.
Em resposta ao silêncio pela rápida partida
Canta o galo no quintal, sua nota do meio dia!
Sobrepondo-se a uma relativa mística energia,
Em meio ao um forte sol que não dá guarida.
O que fostes? Ou que fores? Aonde foram eles?!
Não por que cantara! Mas por que partires... Tendes?...
Em tenras notas soltas, longínquas e inconstantes...
Ressoam em breves e compassados os tons. Entendes?
Não é o fim! Não chegara a hora da vossa ida!
Uns vão, outros vem, em notas bem surtidas
Rítmicas e alegres, ditando os ritos da melodia
Outros logo se juntam ao bando em gorjearias.
Cantam ó alegres viventes emplumados!
Pois todo dia é vosso dia! Alegres enviados!
D `Gáudio Procópio