MULHER E TRABALHO
1º DE MAIO DIA DO TRABALHADOR
DO CAMPO PARA
FOTO: DGAUDIO O ESCRITÓRIO
A cada dia as mulheres conquistam mais espaços no mercado de trabalho, principalmente, sobre feudos masculinos tradicionais. Já atuam em tropas de choque da Polícia Militar, constroem prédios, dão sentenças com a toga de juízas, comandam grandes empresas, manejam bisturis. Elas estão na ponta de um processo que está transformando a sociedade em todas as partes do mundo. No Brasil, a importância da mulher na for ç a de t r aba lho pode ser medida na sua crescente participação na população economicamente ativa (PEA). Se em 1976 a parcela feminina na PEA era de 29%, em 2002 ela atingiu 43%. Em São Paulo, maior centro empregador do País, metade do contingente
de trabalhadores já era formada por mulheres no início deste século. Dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que as mulheres também deixaram o lar para investir na formação profissional. Em 2005, 2% das mulheres possuíam 11 anos ou mais de estudos contra 31% dos homens.
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(... {Fonte: Site Especial} SENAIBRASIL – FEV -2007/ Internet.)
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Em comemoração ao dia mundial do trabalho celebrado no dia 1º de maio, resolvemos entrevistar algumas pessoas para sabermos como anda as opiniões no tocante ao trabalho feminino em pleno século XXI. Afinal sabemos que o preconceito e a discriminação ainda persistem e que a mulher enfrenta uma barra. Tendo em vista que ainda existem muitos machões por aí.
Eu particularmente admiro a mulher no trabalho. Não gosto muito quando ela ocupa um posto ou posição apenas pela beleza. Fico encantado quando vejo uma conquista feminina por competência. Quando ela ocupa um espaço por seus próprios méritos. Mas nada contra quanto as que são indicadas; contando que demonstrem competência.
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Primeiro entrevistado: Dr. Alexandry Dias Carvalho (médico ortopedista)
Dgaudio pergunta:
P — Dr. Alexandry, como o Senhor Encara a mulher no mercado de trabalho hoje? O Senhor Dividiria seu espaço com uma mulher? Digo: uma mesma sala, um mesmo departamento sem o menor preconceito? Qual a sua opinião?
R — Eu acho que a mulher vem conquistando seu espaço no mercado de trabalho. A cada dia que passa ela tem demonstrado extrema competência na sua área de trabalho.
P — Em uma mesa de cirurgia, durante uma operação por ex: dividindo o espaço com uma mulher. Você sentiria confiança nela?
R — Positivo! Eu sinto total confiança por que se ela está naquele local é por que teve condições de chegar aonde chegou e vem conquistando seu espaço. O toque feminino é importante por que nos passa um pouco de tranqüilidade a nós homens.
P — Então o Senhor não tem o menor preconceito ou nada contra quanto à mulher ocupar um lugar que antes era totalmente masculino?
R — Não! Eu acho até importante.
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Segundo - Lucas Celebridade colunista social e blogueiro na cidade de Luzilândia. Bastante conhecido nas redes sociais e na mídia. Estudante de Letras Português
Dgaudio perguntou a Lucas Celebridade:
P — Você acha que a mulher já conquistou seu espaço no mercado de trabalho?
R — Conquistou e tem muito a conquistar ainda. As mulheres estão dominando tudo. Aqui mesmo em Luzilândia, a Prefeitura é ocupada por uma mulher; e a maioria dos cargos da Prefeitura está sendo ocupados por mulheres. E temos também outras áreas, por ex: Professoras. O magistério local é composto na sua maioria por mulheres. Temos homens também, mas a maioria dos professores são mulheres. E a mulher tem demonstrado total competência e confiança nas áreas em que ocupam. Elas têm se saído muito bem em suas funções. Seja na área da medicina, jurídica política ou qualquer outra área. Eu acho que as mulheres estão sendo muito bem representadas no mercado de trabalho.
P — Lucas celebridade! Como você reagiria se de repente você precisar-se dos serviços profissionais de uma mulher? Uma advogada para lhe defender em uma causa jurídica, ou mesmo uma médica em uma cirurgia. Você sentiria total confiança? A mulher passa confiança?
R — Com certeza! A mulher passa confiança sim! Eu não teria e nem tenho nenhum preconceito ou restrições. Quanto a uma intervenção cirúrgica, graças a Deus eu nunca precisei. Não tenho nenhuma curiosidade, mas eu acho que a mesma competência que o homem tem, elas também têm.
Terceiro — Paula Andréas jornalista e blogueira na região Pedro II e Luzilândia
P — No teu modo de pensar, você acha que a mulher conquistou seu espaço no mercado de trabalho?
R — Eu acredito que nós mulheres já conquistamos muito. Desde a revolução feminina; nós já alçamos muito, mas ainda não é o bastante. Por um lado a gente já pode votar, já temos o reconhecimento, já se trabalha a questão de gênero, no tocante a mulher encontrar o seu espaço. Não só no trabalho, mas também na sociedade. Nós já vencemos muito preconceito, mas ainda há muito a se vencer. Ainda tem muito preconceito.
P — O que é ser mulher hoje? Em pleno século XXI onde reina tanta violência contra a mulher? O que é ser mulher, o sexo frágil, que de frágil só tem o nome. Mas na hora de medir forças com o homem ela sai em desvantagem. Em suma: O QUE É SER MULHER HOJE EM DIA?
R — Ser mulher é buscar a mulher forte. Como eu te falei: nós estamos buscando nosso espaço. Não só na área do trabalho, mas socialmente; enfim! Nós buscamos constantemente, por tanto, ser mulher hoje é buscar seu espaço. Não existe essa “COISA” DE SEXO FRÁGIL! Ela está competindo em igual patamar e a mulher hoje toma conta de casa, hoje mulher sai para trabalhar e o homem toma conta de casa.
Tudo isso são conquistas! Representam conquistas que a mulher vem conseguindo no mercado de trabalho. Mas falta muito! Por quê? Por que o preconceito ainda existe e o homem machista ainda existe. Parte da sociedade ainda é machista.
P — Que mensagem você deixaria para as mulheres nesse 1º de maio, dia do trabalho?
R — Para mulher continuar sempre na busca do seu espaço e nunca baixar a cabeça, por que nós como mulher, procuramos sempre nosso espaço, não competir. Tem certos homens que pensam por a mulher procurar seu espaço, eles pensam que ela procura ser melhor que o homem. E nós não procuramos estar àcima dos homens, mas em igualdade de condições na busca do espaço no mercado de trabalho. Com direitos iguais. Eu quando busco meu espaço, não estou buscando uma competição ou uma superação de gênero. Estou competindo comigo mesmo. Pois busco sempre o melhor. Afinal, somos todos iguais perante Deus.
Marciane Administradora
P — Voce se sente realizada profissionalmente?
R — Me sinto realizada e bem até onde cheguei.
P — O que falta para mulher hoje?
R — Conquistar o mundo. Dominar tudo!
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A EMANCIPAÇÃO FEMININA E A
REVOLUÇÃO SEXUAL NO MUNDO
Diretamente associado às reivindicações femininas por melhores condições de trabalho, justiça e igualdade social, o Dia Internacional da Mulher é um momento de reflexão sobre os abusos históricos contra as mulheres, mas também sobre as conquistas e mudanças sociais por elas alcançadas. Confira, a seguir, a Rota da Emancipação Feminina, e entenda a que levou a tão sonhada “liberdade, igualdade e fraternidade”...
“A liberdade guiando o povo”
(Delacroix, 1830)
No mundo
Revolução Francesa
O papel social da mulher apontou seus primeiros sinais de transformação a partir da Revolução Francesa (1789), quando o gênero posicionou-se de forma significativa na sociedade. Exploração e limitação de direitos são máculas de todo o processo de emancipação feminina que, aos poucos, foi conseguindo mais e mais adeptas para a causa. Surgiam movimentos pela melhoria das condições de vida e de trabalho, bem como por participação política, pelo fim da prostituição, pelo acesso à instrução e pela igualdade de direitos entre os sexos. Sob a marcha rumo a Versalhes, as parisienses clamavam por "liberdade, igualdade e fraternidade” e pelo sufrágio feminino.
Cena do filme “Tempos Modernos”
– Charles Chaplin
Revolução Industrial
Na segunda metade do século XVIII, com a Revolução Industrial, a absorção do trabalho feminino pelas indústrias, como mão-de-obra barata, inseriu definitivamente a mulher na dinâmica produtiva. Ela passou a ser obrigada a cumprir jornadas de até 17 horas de trabalho em condições insalubres e submetidas a espancamentos e humilhações, além de receber salários até 60% menores que os dos homens.
As manifestações operárias pipocaram na Europa e nos Estados Unidos, tendo como principal reivindicação a redução da jornada de trabalho para 8 horas diárias. Em 1819, depois de um enfrentamento em que a polícia atirou contra os trabalhadores, a Inglaterra aprovou a lei que reduzia para 12 horas o trabalho das mulheres e dos menores entre 9 e 16 anos. Foi também a Inglaterra o primeiro país a reconhecer, legalmente, o direito de organização dos trabalhadores, com a aprovação, em 1824, do direito de livre associação. Assim os sindicatos se organizaram em todo o país.
Segunda Guerra Mundial
Durante a Segunda Guerra Mundial, em vias de uma rendição europeia às forças alemãs, a Inglaterra teve que suportar um brutal esforço de guerra. Com os homens na linha de frente, o país não podia parar. Assim, mulheres assumiram os postos de seus homens nas fábricas e nos estaleiros, passaram a conduzir comboios ou a operar máquinas. No auge da indústria bélica, eram as mulheres que construíam os tanques, as armas e os aviões.
Passada a guerra, nada voltou a ser como antes. Uma vez acionadas em tão extremo marco de crise, não seria o tempo que as relegaria outra vez a segundo plano... (Aliás, nem é preciso retomar a literatura de uma “Beat Generation” para entender a grande virada).
Pílula Anticoncepcional: a verdadeira revolução feminina
E a verdadeira revolução do gênero ainda estaria por vir... Audacioso, o desafio foi lançado: “o senhor criaria uma pílula contra a gravidez que fosse fácil de usar, eficiente e barata?”, perguntaram Katherine Mccormick e Margaret Sanger ao cientista Gregory Pincus. “Nós financiamos.” (Risos). Assertividade e determinação? Assim são as mulheres...
O trabalho de Pincus deu frutos e, em 1957, era aprovada a venda do Enovid-10, um contraceptivo oral vendido como um medicamento para complicações menstruais. Só em 18 de novembro de 1960 seria oficialmente permitida a sua venda como método contraceptivo.
Com novas perspectivas, a mulher estava finalmente livre para viver plenamente a sua sexualidade sem o receio de engravidar. A disseminação do uso do contraceptivo oral não foi imediato. Diante da resistência da Igreja e da sociedade patriarcal, muitas mulheres se viam obrigadas a tomá-lo à revelia dos próprios parceiros.
Apenas em 1967, poucos meses antes do início dos protestos de “Maio de 68”, a venda da pílula era aprovada na França. A grande invenção, que permitiu a libertação da mulher, conduziria à grande revolução sexual inaugurada pelo “Maio de 68” e pelo "Verão do Amor".
Em 1969, a revolução sexual e a contestação à Guerra do Vietnã atingiam o seu ápice com três dias de amor, paz e música, em Woodstock, uma pequena localidade rural do Estado de Nova York.
Betty Friedman gritava de um lado, Simone de Beauvoir de outro. Entre ativismos feministas e escritos filosóficos, a década de 60 emanava transformação sob o grito de “igualdade!”. Tudo em razão de uma emblemática queima de sutiãs em praça pública... Esse “Maio de 68”...
No Brasil
Enquanto isso, em verde e amarelo...
Também aqui as mentalidades começavam a aderir aos novos formatos. Influenciadas pelo que assistiam nas telinhas e pelos movimentos políticos e culturais de todo o mundo, as brasileiras aderiam à nobre causa. “Guarde-se até o casamento”??? As coisas já não eram bem assim... Traumatizadas com a repressão moral da década de 50 e incitadas pela ousadia dos movimentos de direitos civis dos anos 60, representantes de todo o país apostavam na liberdade sexual como a grande vitória da nação.
Desde o polêmico estudo sobre relações sexuais de Albert Kinsey, nos anos 40, passando pelo triunfo da pílula e da revista Playboy, em 1953, até o movimento de contracultura nos anos 60, tudo era motivo para a reivindicação feminina. Uma justa reivindicação. Mesmo enfrentando o enfurecimento da classe conservadora com a abertura sexual do país ou a histeria coletiva quando o assunto era aborto.
Assim, a mulher brasileira foi se criando, calejada em força e atitude. Precisou de uma Leila Diniz como referência, a escandalizar as boas moças de família, exibindo sua gravidez em plena orla de Ipanema. Desde então, foram tantas e tantas mulheres... E mais outras tantas. À frente de seu tempo, arredias e alérgicas às convenções. Invejadas e criticadas pela sociedade machista das décadas de 1960 e 1970. Malvistas pela direita opressora, difamadas pela esquerda ultrarradical e tidas como vulgares. As novas mulheres da época. Apenas mulheres.
Usaram e abusaram das recentes conquistas. Com a década de 70, não só elas começaram a desfrutar de uma maior liberdade sexual, mas os movimentos homossexuais também ganharam mais força e aceitação neste momento. Enquanto isso, a direita conservadora reagia com vigor, gerando conflitos. Sofreram as consequências de tamanha ousadia (essas “frágeis” mulheres...). Sobretudo, com a chegada de uma grande vilã moderna: a Aids. A silenciosa fatalidade que marcou os novos tempos, em coerção da liberdade.
Hoje, são elas outra vez as detentoras do poder. E sabem: o sexo seguro não é só uma opção. É a nova atitude. O cuidado de si é, mais do que nunca, sua única garantia. De resto, é partir para a luta pela paridade salarial e de direitos, e por sua segurança física e moral. Aqui entre nós, mulher, seja feliz sendo (o que bem entender). Está aí a mais nova revolução feminina. A conquista está na atitude.
Na China
Os “sex shops” estão se espalhando como “Starbucks” na China. As pessoas têm que tomar café. As pessoas têm que fazer sexo. São cerca de 5 mil lojas especializadas no ramo espalhadas pelo país e frequentadas como cafeterias. Dos anos 90 para cá, o país se libertou das amarras comunistas ao sexo, e homens e mulheres estão redescobrindo suas fronteiras.
Alguns defendem que as forças vigentes tentaram enterrar o sexo junto com o capitalismo. Só que, agora, a realidade é outra: os chineses estão abraçando ambos passionalmente. Mao Tse-tung, há 60 anos, fez um experimento sexual que só agora foi entendido. Ele transformou parceiros sexuais em camaradas. Sim, existia sexo, é bem verdade. Mas como válvula reprodutiva. Apenas recentemente as chinesas reinventaram a vaidade, o luxo, a moda e o estilo...
E não só elas. A China inteira adotou as novas tendências e cresceu a demanda por “sex shops” e por bordéis. Adotou-se o conceito de "ficar" por uma noite. E também se espalhou o vírus da Aids, obrigando o governo a investir na educação sexual dos jovens.
E assim, com a cabeça longe e os pés no Brasil, fechamos a nossa rota na torcida pela mulher. Por um simples motivo: sejamos representantes de qualquer dos gêneros, carregamos a mesma luta a tiracolo. Para o bem ou para o mal, somos todos iguais nas diferenças. E esse é o verdadeiro detalhe do ser humano.
(FONTE: INTERNET.)