DGAUDIO NA UFPI
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MOMENTOS PARA FICAREM NA HISTÓRIA DO POETA DGAUDIO: DGAUDIO NA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ. SOLENIDADE DE COLAÇÃO DE GRAU DE SUA ESPOSA
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MOMENTOS PARA FICAREM NA HISTÓRIA DO POETA DGAUDIO: DGAUDIO NA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ. SOLENIDADE DE COLAÇÃO DE GRAU DE SUA ESPOSA
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PEDAGOGA: BERNARDA TEIXEIRA SILVA ARAUJO
FOTO: DGAUDIO - THE - PI
JORNALISTA: MARIA CARVALHO COSTA
FORMANDO PROFISSIONAIS
Teresina, 15 de agosto de 2011, neste dia compareci à solenidade de colação de grau de minha esposa no espaço cultural “Prof. Noé Mendes” na Universidade Federal do Piauí. E no discurso da solenidade, mas precisamente, no texto da oradora, protagonizado pela concludente, agora jornalista: Maria Carvalho Costa, alguns trechos me chamaram atenção, quando ela se refere ao descrédito das profissões ali descritas e agraciadas na hora. Percebemos na sua fala a emoção e tonalidade vibratória emocional nas palavras da jovem. Quero dizer aqui, para ela e aos demais, que não existe profissão degradante e nem desacreditadas, os descréditos estão na cabeça dos fracassados e covardes. Aos fracassado e covardes: a vergonha! Aos lutadores e aguerridos: os louros da vitória e os aplausos da plateia. São os votos de DGAUDIO aos concludentes deste dia.
O ORADOR CCE 2011
CONCLUDENTE: MARIA CARVALHO COSTA
LICENCIATURA EM ARTES VISUAIS
BACHARELADO EM COMUNICAÇÃO SOCIAL
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
Boa noite Magnífico senhor Reitor Luís de Sousa Santos Júnior, boa noite autoridades presentes nesta solenidade.
Boa noite familiares, amigos, paraninfos, professores homenageados e convidados.
É com muita honra que me apresento como oradora oficial do Centro de Ciências da Educação, falando em nome das turmas de Artes Visuais, Comunicação Social e Pedagogia do período 2011.1 da Universidade Federal do Piauí.
Em poucos instantes sairemos daqui profissionais diplomados, artistas visuais, jornalistas, músicos e pedagogos. A contragosto, de inicio, de muitos pais, que sonhavam em ter seus filhos médicos, advogados ou engenheiros. Hoje, certamente, eles estão radiantes. Mas nem sempre foi assim, não é queridos pais?
Inicialmente, meio desapontados com nossas escolhas, eles sugeriam sutilmente... Meu filho, que tal tentar um pouco mais? Cum curso mais bem conceituado... Quem de nós nunca teve que engolir a afirmação de que a profissão A ou B é que dá dinheiro?
Arrisco-me a dizer que em algum momento o que lhes confortam era pensar que, de todo modo, um diploma de nível superior, seja de que curso for sempre confere distinção a quem possui, ainda mais carimbado pela Universidade Federal.
Muitos dias se passaram, até que se esvaecesse esta insegurança inicial. Os semestres tornaram-se anos e mantivemos fortes em nosso propósito, perseguimos nosso sonho, sem ligar para o descrédito ou estereótipo que insiste em rodear nossos cursos e profissões. Vale ressaltar que agora, especificamente no caso de nós estudantes de comunicação, além de termos que conviver com essa má-fama, afora temos que enfrentar outra situação aflitiva: antes o diploma de curso superior com habilitação em jornalismo era obrigatório para o exercício da profissão.
Com base no diploma obrigatório, havia um mínimo de regulamentação para estabelecer, o que era figura chamada de jornalismo profissional. Agora, o diploma caiu, e a regulamentação da profissão de jornalismo não é nada nem ninguém.
Mas nós aqui, formandos de jornalismo, seguimos acreditando que jornalismo é uma profissão e como tal deve exigir uma qualificação, acreditamos que as técnicas jornalísticas de como entrevistar, editar ou reportar são necessárias para a formação do profissional e que o jornalista deve ter uma formação básica que viabilize a atividade profissional, atividade esta, que repercute na vida dos cidadãos em geral. Tanto que hoje estamos aqui, pais e filhos, ansiosos para receber o diploma e vivenciar todas as agruras e delícias da profissão que escolhemos. E sabem por quê? Porque ser jornalista é ser responsável por filtrar informações e trazê-las ao conhecimento do público, é se dedicar a levar informação e conhecimento à população. Ser jornalista é escrevera história da nossa cidade e do nosso Estado diariamente, de forma simples e acessível. Ser jornalista é ser essencial para a democracia. Os jornalistas revelam, lideram, desmitificam, desvendam, contribuem, mobilizam, denunciam e apuram, mas acima de tudo informam. E sinceramente... È uma das atuações profissionais mais nobres que eu conheço.
Nobreza essa inerente também aos meus colegas de centro. E isso reverbera para os músicos, artistas visuais e pedagogos, profissionais que aqui se graduam.
Talento e dedicação são o que não faltam aos músicos. Eles são apaixonados pela música, têm bom ouvido e habilidade manual. Os músicos são 85% de transpiração e 15% de inspiração. Seu curso costuma ser dividido por instrumentos, além das ênfases em composição, regência, canto e a licenciatura. Para eles a universidade é um lugar privilegiado para o desenvolvimento do pensamento criativo e crítico, de modo geral os músicos são perfeccionista, gostam de pesquisar e trabalhar em equipe. Eles têm sempre disposição para estudar e praticar bastante. E quem consegue imaginar nossa vida sem a linguagem sublime e universal da música, não é mesmo?
E quanto à arte visual... O que é preciso ter para ser um profissional da arte visual? É claro que eles têm vocação e talento para ser o ofício. Mas principalmente eles têm aptidão para as artes aliada à sensibilidade e à criatividade. Além da inata capacidade, eles têm ainda disposição para enfrentar os quatros anos de curso com aulas de pintura, desenho, linguagem corporal e disciplinas como história da arte, teoria da comunicação, psicologia, sociologia...
Já as minhas colegas da pedagogia, certamente, quando pequenas enfileiravam bonecas para ensinar o alfabeto e preferiam brincar de escolinha ao invés qualquer outra coisa. Elas gostam de trabalhar com pessoas. A graduação em pedagogia exige estudos e dedicação, além de atividades diferenciadas de constante planejamento e avaliação voltada ao ensino e à aprendizagem. Ser pedagoga não é só lecionar, transmitir conhecimento, mas também buscar a integração do corpo docente da escola com a comunidade é desenvolver projetos educacionais de modo a contribuir com profissionalização e crescimento dos educadores e organizar os métodos de ensino sempre desejando a inovação.
Em cada profissão, nosso orgulho por ter escolhido e por ser escolhido por ela. Por isso que hoje é nosso dia de comemorar. São sentimentos, aprendizados e valores que se mantiveram pungentes em nosso coração. E durante quatro anos houve falta de professor, falta de equipamentos e de laboratórios adequados, ou até mesmo falta de livros atualizados na biblioteca que diminuísse nossa vontade de ser o que estamos nos tornando agora. Hoje, pequenas lutas diárias enfrentadas, como conciliar trabalho e universidade, o dinheiro contado para a Xerox ou até mesmo, o tempo dispensado dentro do ônibus, são recompensadas.
Olhemos, então, para o lado brilhante de cada uma de nossas profissões. Porque, apesar de tudo, somos privilegiados e estamos orgulhosos de estar nos formando por essa instituição. Certamente, cada um de nós, tem um professor que faz valer toda sua estadia acadêmica, que empolgou e fez você amar e se identificar ainda mais com seu curso. Professores que talvez nem saibam, mas foi a partir dele que você sentiu que havia feito à escolha certa. Professores, coordenadores e funcionários que ouviram nossas queixas, nossas inseguranças, e que facilitaram nossas atividades na UFPI. A todos eles, nosso reconhecimento e agradecimento.
Fui breve, seguindo à risca a minha objetividade jornalística. Encerro com certeza de que em todas as profissões existem profissionais medíocres e profissionais excelentes. Alguns mal pagam suas contas, outros acumulam riquezas merecidas. Muitos vieram das mesmas instituições e seguiram caminhos diferentes.
Uns tem tempo para a família e para o lazer, outros mal conseguem dormir. Então, saibam que brilhar não é complacência apenas das estrelas do céu. Por isso, brilhem!
Por DGaudio Procópio
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