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FDG - FEITOPORDGAUDIO

CORPO & USO, UM POUCO DE TUDO; POESIAS, CULTURA E MODA

FDG - FEITOPORDGAUDIO

CORPO & USO, UM POUCO DE TUDO; POESIAS, CULTURA E MODA

19.10.12

SALVE NOSSO PIAUÍ


dgaudioprocopio o Poeta

 

SALVE O PIAUÍ/ 19 DE OUTUBRO
 
 

QUENTE COMO O FOGO

        (Piauí)                 

 

 

Terra quente como o fogo!

Tem cabra macho. Sim, senhor!

Aquentado pelo fogo e o calor.

Terra quente como fogo!

 

 

Fogo das mulheres fogosas!

Fogosas de amor e paixão!

Calor e fogo, amor e tesão!

Bem quente e esplendorosa!

Terra quente como o fogo!

 

 

Terra quente como as gentes

Que deste solo tiram o pão.

Terra de homens e mulheres

Pela peleja e calejadas mãos.

 

 

Terra quente como o fogo! 

Terra de homem, Cabra Macho!

Que sobre solo e sobre a terra

Subsistem ao sol e tormentas!

Com bravuras honram o cacho.

 

 

Terra quente como o fogo!

Da terra, o paú; do paú, o babaçu.

Do babaçu se extrai o azeite

E no azeite uma boa fritura:

Fritam ovos e cabritos no azeite.

Terra quente como o fogo!

No azeite e no leite, a farofa de carne: 

No leite do coco e também no azeite

Do homem, a coragem e a força bruta;

Da mulher, o fogo e a paixão. Ternura!

Terra quente como o fogo!

 

 

Terra quente como o fogo!

Fogo de amores e paixões!

Que amam, bradam e gritam:

Paixão de homens e mulheres

Que amam, vibram e bradam:

Terra quente como o fogo!

            

 

Somos bem nordestinos. Sim, senhor!

Somos até cabras machos. Pois sim!

Somos bons na enxada e na escrita

Somos bons até no bisturi e na pinça.

Terra quente como o fogo!

 

 

O sul que nos aguente!

Destemidos somos todos

Lutamos e construímos

Construímos nossa Pátria

Fazemos nossas casas

E também a dos sulistas.

Dos paulistanos e de todos!

Pois temos em nosso celeiro

Cabras machos. Sim, senhor!

 

 

Terra quente como o fogo!

Aqui em nossa terra

Tem homens, tem mulheres

Que labutam sem temor

Cabra macho, sim! Pois venham!

Que venham todos do sul, pois aqui tem:

Terra quente como o fogo!

 

 

 

                    D`Gáudio Procópio

19.10.12

QUERO COLO


dgaudioprocopio o Poeta

 

QUERO COLO/ GATO
 
 
 

A CIDADE DORME...

 

 

Dorme ó cidade enquanto aguarda teu amanhã

Em seus muitos afazeres, espera nascer o dia.

Com todos seus encantos e segredos místicos

Para não cair no esquecimento de ébrios amantes

Para não chorar a nostálgica ilusão insalubre.

Para então deleitar-se em seu berço esplêndido!

Ao raiar do dia e ao cair da noite em manto negro

Aquentado pelos seus quarenta graus de temperatura

Temperatura de amor em sol de prata e ouro!

Para dizer que te amo, e amamos todos nós!

 

Na calada do silêncio noturno sorrateiro paira:

O romantismo intercalado entre os amantes

Adormecidos pelos muitos anos de exaustão

Mas não menos importante para o tempo apagar.

 

 

Em tuas ruas e pelas ruelas da cidade adormecida

Paira o silencio dos amantes embriagados: Pudor!

Pela donzela que não é mais, nem fica nas janelas;

A observar o amante platônico que pasma e brada!

Chora tuas lágrimas adormecidas e sofridas: Amante!

Eu bem te disse que o segredo das ruas espera o dito

Embora reveles tuas vergonhas e a de teus moradores.

Amantes! Sim! Amantes de uns tempos que não mais...

 

Então dormes oh cidade encantada! Acalentas teu amor

E protege teus amantes que são muitos. Anônimos sim!

Mas fieis a ti e teus deleites! Talvez na esquina algum ébrio

Procure apoiar-se na parede. Mas não foge ele a luta!

E nem teme a peleja do dia vindouro. Ao entardecer do raiar

Outro peleja então com relutância ao seu bem: Desequilíbrio!

Mas que importância tem isso? Se tu acalentas e guarda todos eles?

Eles dormem ao sono dos amantes e ébrios enlouquecidos

Mas permanecem em vosso leito caloroso e materno. Teu bem!

 

Por muitos que não foram, e por eles que se foram!

Tu és a cidade que não dorme. Adormecida sim!

Enquanto passam as horas noturnas para a alva.

Declaro meu amor por ti, e minha paixão por vê-la.

Cidade adormecida, cidade dos amantes, cidade dos poetas!

TERESINA!

 

 

 

Por D`Gáudio Procópio