CATANÃ POETA
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DOMÉSTICA
Em pé sobre os umbrais da porta
Aguarda aquele que não marcara
Com o olhar distante contempla
A rua em sua peculiaridade vista.
Em seu coração a esperança e certeza
De uma vida em labuta constante dita.
Em sonhos e aflitos apelos espera ela
Pelo momento de hora feliz simplista.
...Em abraçar o sonho de sua vida,
Onde almeja ser servida à servir
Pela vida que lhe impusera sua sina
De mulher Valquíria em abrupta luta.
Em pé sob a porta e os umbrais da vida
Esperara ela... Por alguém que não virá
Em tristes lábios, carente e simplória.
Por uma doce ilusão que lhe atormenta...
Por toda uma eternidade que jamais
Mudará destino implícito ao rebento.
A doméstica! Mulher indomável em si!
Valquíria por sua labuta de vida em si.
Mas espera em seu coração e umbrais...
Por alguém que não virá amá-la jamais.
Triste a cantar o lamento de loba no cio
Mas o lobo não virá, nem sua alcateia,
Pois o sapo não virá a ser seu príncipe.
Nem virá o príncipe pela doméstica.
D`Gáudio Procópio
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SÓ TREVAS E PRANTO
Não consigo ver a estrada... Só sei que vou...
Levado ou simplesmente carregado por...
Uma força talvez, ou mesmo um misticismo,
Que conduz essa matéria infecta deplorável.
Mas por que razão causa ou circunstâncias?
Um abismo nebuloso em profundo espectro
Em caudal esgar fluvial de um lodo verbal:
Possas tu migrar em estação negra vindoura.
Não consigo ver a estrada... Em névoas lacrimais...
Que cega a alma tisga em dor putréfica terminal.
Não vejo a luz que guia os tolos ao triste olhar
Por inocente prisma de sonhos, engodo e bem estar.
Não consigo ver a luz... Só trevas... E trevas...
Perverte a luz, que a bruma embaça a alma.
Só trevas... E um abismo profundo que clama...
Em trevas e lamúrias de rio sanguíneo e fogo.
Não vejo a luz... Só o fim... De um tudo nada.
Não vejo a luz... Só gritos e prantos sepulcral,
Ao ser e a luz... Que cega e vesga a penumbra
Essencial temática duma visão em vida factual.
D`Gáudio Procópio
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E QUANDO NO OLIMPO...
...Então olharei para ti e direi: valeu apena?
E tu me responderás:
— Entre trevas e flamas subsisti
Queimei a alma em amargo expectar depressivo
E cá estou... À porta do teu céu inferno...
... E tu dirás: Oh vem! Vedes o que fora tu.
Então te direi: Para que saber o fruto?
Quiçá mudarás o feito fatídico? Não! Deixarás então.
Então arderás entre espasmos e odores finais
Porque seria diferente do antes?
É tarde demais e de pouco seu valor.
Olharás ao olimpo e clamarás:
Ó céus e mares onde estava vós?
Que não foste presente ao réu?
Então vos direi: não agora, não agora!
Ocultai vós o ser que putrefa,
Decantai-vos e declamais vós os versos,
Só isso, nada mais! Pouco serás o valor
D`Gáudio Procópio
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