DOMÉSTICA
dgaudioprocopio o Poeta
DOMÉSTICA
Em pé sobre os umbrais da porta
Aguarda aquele que não marcara
Com o olhar distante contempla
A rua em sua peculiaridade vista.
Em seu coração a esperança e certeza
De uma vida em labuta constante dita.
Em sonhos e aflitos apelos espera ela
Pelo momento de hora feliz simplista.
...Em abraçar o sonho de sua vida,
Onde almeja ser servida à servir
Pela vida que lhe impusera sua sina
De mulher Valquíria em abrupta luta.
Em pé sob a porta e os umbrais da vida
Esperara ela... Por alguém que não virá
Em tristes lábios, carente e simplória.
Por uma doce ilusão que lhe atormenta...
Por toda uma eternidade que jamais
Mudará destino implícito ao rebento.
A doméstica! Mulher indomável em si!
Valquíria por sua labuta de vida em si.
Mas espera em seu coração e umbrais...
Por alguém que não virá amá-la jamais.
Triste a cantar o lamento de loba no cio
Mas o lobo não virá, nem sua alcateia,
Pois o sapo não virá a ser seu príncipe.
Nem virá o príncipe pela doméstica.
D`Gáudio Procópio