EUZINHO!!!!!!!!!!!!

         ÉBRIA

Dissecaste-me a ébria alma;
Dilaceraste-me o débil peito
Em gotas profundas d`agonia,
Com orvalhos  de  sentimentos.

Quantas badaladas soam o sino?
Quantas batidas têm o relógio?
Qual  a aragem da noite é a mão:
Que me aperta os sentimentos

Desconheço o que vejo
Desmereço o que sinto.
Em versos e nos reversos
Talvez, bem pelo  avesso!
Na volta deste inverso
Quem sabe! Sim, no acaso!
Exista a razão para tanto.
No entanto... D` infortúnio
Transforme-se o indouto,
No douto do proveito.
Ah! Ra! Então seria outro!
Bem oculto, do inculto...
Obscuro, obsceno, insano!
Bondoso, honroso, amoroso!
O belo, sempiterno, Eterno!

Dilacera-me o peito...
Devora-me a flácida alma
Em gotas profundas de orvalho.
Desfia-me  a vida... Uma a uma...

            D`Gáudio  Procópio