O MISTICISMO DO AMOR
dgaudioprocopio o Poeta
O MISTICISMO DO AMOR
É assim, como se fosse um fúlgido dia,
Em total tormenta de fúria viva. Plena!
De arrasto e quebra em total esbaforia,
Um furor devastador de agonia intensa!
Que amanhece e não anoitece sem fim!
Por entre os olhos da ilusão que geme.
Do bobo que baba sua fantasia por fim.
Mal sabe ele que o engodo lhe mente.
Com suas mãos geladas e olhar opaco
Estático fica ele mortificado no enfado
Perdido na ilusória estrada da alegoria
Extasiado! Enquanto parte sua senhoria.
Geme! Ó tolo insano! No teu esgar de débil
Teu bailar hilário de palhaço macabro; Vil!
Por ser-lhe de carrasco, o próprio sonho viril
Que de tão ébrio, imola seu sentimento anil
Debate-se inerte enquanto queima a flama ardente
Em vago peito e sombrio destino, ó alma deprimente!
Debulha o pranto teu, no leito amargo da indecência.
Afaga a dor que ora migra pelos vãos da indulgência.
É assim! Como a alva do amanhã em forte tormenta
Em um furor devastador que a alma virgem arrebenta!
Invade o sonho de encanto e candura da donzela singela:
Alma simplória de sonhos e de encantos: A doce gazela!
D `Gáudio Procópio
Poema do Livro - PORTAL DAS ALMAS Pag. 56FOTO: INTERNET
REG. na B/N Nº 520794 – 17/02/2011