ELIELSON SANTANA /UMA CONCIÊNCIA BEM HUMANA
dgaudioprocopio o Poeta
ELIELSON MACIEL SANTANA ABRE SEU CORAÇÃO.
FOTO: DGAUDIO - THE - PI - LOCAL DA ENTREVISTA: AR LIVRE
Numa conversa informal e em um local bem arejado numa manhã gostosa e de uma brisa relaxante, o apresentador de TV, ELIELSON SANTANA, do programa: “CONCIÊNCIA HUMANA” exibido pela TV ASSEMBLEIA, abriu seu coração para o blogueiro, DGÁUDIO PROCÓPIO. (Que, diga-se de passagem, é meu amigo).
PERGUNTA: — Meu amigo Elielson, como blogueiro e curioso que sou sempre tive uma curiosidade em saber o que te move nessa tua luta pela CONSCIÊNCIA HUMANA. O que te levou a enveredar por esse caminho? O porquê desse programa? Esse tema. Você é um cara romântico, filósofo ou o quê? Qual a causa e motivo para essa tua preocupação com o ser humano?
RESPOSTA: – Meu caro amigo! Se voce conhecer, ou falar com pessoas que conheceram minha vida toda, se você fizer esse comentário que você fez agora, você vai escutar delas, que eu nunca fui diferente do que sou agora, as pessoas que me conhecem há muito tempo, elas não vão dizer que tudo isso eu comecei de uns dias pra cá, eu sempre tive essa noção, essa aptidão de gostar da humanidade. Eu sempre fui um cara angustiado. Eu sou angustiado! Sou angustiado! Sou incomodado! Sou altamente imperativo na vontade de fazer algo... Está todo dia ali, fazendo alguma coisa... Alguma coisa que eu possa fazer para ajudar as outras pessoas. Às vezes não! Às vezes desvio o foco, me deixo levar pelas malícias, pelos desejos do mundo. Depois eu retomo aquele estilo que tracei. Sou assim! Desde quando eu era estudante do colégio Cidadão cidadã, não sei se é a própria história de vida que vai levando a gente pra pensar, perceber certas coisas, às vezes o cara tem uma vida toda bonitinha... Eu estava lendo Toy Story um dia desses, só o começo de um livro que comprei pra minha namorada, mas ainda vou ler, Ana Karenina e ele tem uma frase que diz assim: “todas as famílias felizes são iguais,” “todas as famílias tristes, são tristes à sua maneira” E eu tive uma vida familiar sofrida, sem condições de estudar, de ter dinheiro para pagar o colégio, ao ponto de passar três anos sem estudar por não ter como pagar a mensalidade, ou nem mesmo para fazer a matrícula, de ter sido tirado da sala de aula por estar devendo a mensalidade, atrasar os estudos, depois comecei a estudar no COLÉGIO CIDADÃO CIDADÃ. Passei boa parte da minha vida lá. Ela foi uma escola fruto. Naquela época tinha essa particularidade de botar o aluno pra fora quando não pagava a mensalidade; hoje não tem mais isso. Então surgiu essa ESCOLA COOPERATIVA para os filhos de funcionários da Assembleia, então passei a estudar lá, e o nome da escola me chamou atenção, como eu tinha 23 anos e sem estudar, eu sempre tive aquela “coisa” de estar sempre contribuindo na minha escola, a vivência de estar sempre organizando alguma coisa, uma festa, ela foi me consolidando uma personalidade de caráter, de está sempre se envolvendo com as questões sociais, com as pessoas. Então é assim: eu estou sempre na perspectiva de fazer algo maior pela humanidade! Então isso não é falácia, não é conversa pra boi dormir! Embora as pessoas não acreditem nisso. Por que as pessoas estão tão cheias de interesses, cheias de vontades de levarem vantagens em tudo, que para elas uma ação como a minha é meramente uma tentativa de se promover. Ou seja: a maior parte olha para mim com um olhar superficial, não conhecem as pessoas, não me conhecem, não sabem da minha luta, não sabem o que passei, entendeu? Então, são coisas do ser humano, se eu sofria com isso, eu aprendi e passei a entender que a humanidade é isso. Então é isso! Eu faço tudo isso, seja como político, seja como professor seja como apresentador de televisão. É por acreditar mesmo que tenho algo a fazer. Não tenho uma religião formada, definida, acredito em Deus, entende? Não viemos do nada, não vamos voltar pro nada entendeu? Essa coisa do nada não existe! Como alguns tentam defender. Agora acredito que as religiões... Elas são portas para uma reflexão humana aonde cada um vai procurando... Onde ou aquela que você melhor se enquadra para refletir. Então tem alguém que reflete bem dentro da religião católica, tem outros que vão refletir dentro da religião evangélica, já outros se identificam e refletem melhor no espiritismo, tem até aqueles que refletem bem em não estando em nenhuma religião. Então é assim: eu não acredito que a humanidade tenha que ser igual. Que a religião tenha que ser a mesma. A humanidade tem que parar para entender o seguinte: ela é fruto da convivência. Então o que nos temos que atingir? A melhor convivência possível! Harmonia, fraternidade, respeito. É isso que vai tornar a humanidade melhor. Eu acho que é assim que a política tem que atuar. Política interfere na convivência das pessoas! A religião interfere na convivência das pessoas! A poesia interfere na convivência das pessoas! A boa música interfere na convivência das pessoas! A música ruim interfere, a política ruim interfere na convivência das pessoas. Então qual é a convivência que queremos atingir? Por exemplo: nós estamos aqui sentados. Que beleza que as pessoas estão passando, e nós aqui sentados! Ninguém tá mexendo, ninguém está falando nada. Nós estamos num local que não é nosso, o dono não está aqui. Mas podemos entrar. Entrar sentar e conversarmos tranquilos. Então, isso é convivência! De repente só fizemos isso porque, o cidadão que está ajeitando as mesas, por certo já me viu transitando por aqui. Mas talvez ele não se importasse.
— PERGUNTA: Essa é a visão de um mundo ideal.
— Exato! Um mundo ideal! E esse mundo ideal, embora ele seja quase utópico, mas ele é o mundo a ser buscado. Ah! Mas a utopia é um idealismo! Sim! Mas temos que busca-lo. Por que mesmo que não alcancemos esse idealismo, mas mesmo assim, temos que buscá-lo. Pronto! Acabou-se.
— PERGUNTA: Então é uma visão altruísta?
— Sim! Minha questão é essa. Não existe nem outra questão que me motive. Agora, eu tenho que procurar me dar bem na vida também, por que essa é a finalidade e a busca de todos por um mundo melhor. Agora, nós temos uma cultura política infeliz, que não é do político, é da sociedade; o eleitor que é viciado, a sociedade que é viciada, e quer tirar vantagens em tudo. Eu não sou partidário disso.
—PERGUNTA: Elielson, eu tenho informações que você teve problemas para iniciar esse programa que faz agora na TV ASSEMBLEIA. Digo: problemas de ordem financeira; ou seja: você custeou do próprio bolso as despesas para mantê-lo no ar. Como foi o inicio de tudo?
—RESPOSTA: Na verdade foi difícil realmente. Tive que bancar do meu próprio bolso. Despesas com editor, cinegrafista, tudo! Não foi muito fácil, mas hoje já está mais suave. Já conto com o apoio da direção da TV.
Nota: Então é isso meus amigos. Essa foi uma excelente entrevista e excelentes respostas desse grande lutador que busca na televisão e na sua profissão de mestre como professor encontrar respostas e soluções para a humanidade. Que bom se nós tivéssemos mais pessoas interessadas e engajadas nessa luta incessante de uma melhoria para a humanidade. Não podemos esquecer e nem deixar de enaltecer e valorizar o trabalho que esse “nobre” homem de atitudes ainda mais nobres e altruístas executa. Onde ele procura incentivar os talentos Piauienses que estão no anonimato. Onde falta a mão das autoridades no tocante ao incentivo aos talentos da terra, surgem pessoas como ELIELSON SANTANA.
Por DGáudio Procópio