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FDG - FEITOPORDGAUDIO

CORPO & USO, UM POUCO DE TUDO; POESIAS, CULTURA E MODA

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CORPO & USO, UM POUCO DE TUDO; POESIAS, CULTURA E MODA

21.08.11

PADRE CLAUDIO DE MELO


dgaudioprocopio o Poeta

 

PADRE CLAUDIO DE MELO

 

 

  

 

 

PADRE CLAUDIO DE MELO

 

Certo dia, um Padre resolveu apareceu, ao norte da capital,

Muito solícito, de fala bem agradável, a todos queria ajudar,

Uma ideia veio à cabeça: como havia muitas pedras no lugar

E menino é o que não faltava, unindo os dois universos a final;

Resolveu ele ajudar, colocou a meninada, para pedras ajuntar.

 

Por volta dos anos setenta, quando na construção de um porto,

Na capital de São Luís, Estado do Maranhão, vizinho bem perto.

Pagava a todos por semana, de segunda a sexta era o trabalho.

Na sexta às cinco horas da tarde, o padre vinha acertar o ajustado.

Era uma algazarra! Brincando e gritando, correndo e ajuntando,

A meninada toda se divertia tudo era animação, não havia trabalho,

Pois o trabalho, logo virava festa. Morro a cima, morro a baixo.

Subia a molecada, disputava o espaço, com os bodes e as galinhas,

Jumentos e porcalhadas!  Pois o bairro ainda novo havia matinhas.

Tinha aspecto de interior, como se fosse um sítio. Era uma festinha.

 

Todos os dias, em horário combinado, às nove da manhã, e as três,

Da tarde sem faltar, de longe avistávamos, o carro do bendito padre.

A molecada já sabia: era hora da merenda, o padre nunca despontava,

Pois sempre dava um jeito, de arranjar uma boa merenda pra garotada.

Brincadeira ou verdade, o fato é que esse Padre ajudou a meninada,

Muita gente agradeceu, ao bom gesto deste Padre, numa hora apertada.

Nunca esquecemos, e jamais esqueceremos os feitos deste Padre.

Padre Cláudio de Melo! O ajudador de outros tempos. Tempos dantes!

Qualidades ou defeitos; não podemos afirmar, o fato é que o Padre,

Tinha o hábito de prometer, prometia mais que curandeiro, ou mesmo,

Um “pai de santo”. A todos prometia ele que de um tudo os ajudaria,

Até mesmo uma dentadura, a um pobre esperançoso. Até hoje o coitado:

Espera pela dentadura, se já não tiver partido, para cidade dos pés juntos.

Mas isso não é motivo, nem mesmo um defeito, pois o Padre era gente boa!

Deixou aqui muitos amigos, saudades e lembranças, de uma bondosa pessoa.

Essa história é muito engraçada, até parece uma grande mentira, mas não é.

Mas verdadeira ela é! Este que vos escreve, também era menino.

Quando na mesma época, participava das patuscadas, risos e folias.  

 

Padre Cláudio de Melo, uma figura muita engraçada que apareceu no Bairro Buenos Aires, na década de 70 (setenta) naquela época, o Bairro Buenos Aires, estava ainda no seu início, um povo ainda meio inocente em meio a futuras mudanças que o mundo oferecia e as transformações da tecnologia passando da era analógica para digital. Aonde tudo parecia ser coisa de amigos. Haja vista que no bairro todos se conheciam tudo era novidade e logo virava notícias. E todo aquele movimento da garotada chamava a atenção dos moradores. Era verdadeiramente uma festa. Alguns garotos da época conseguiram bons resultados em suas vidas profissional, ajudados pelo Padre Cláudio.

Durante muito tempo a lembrança do padre permaneceu na memória da garotada. E em dos nossos encontros, ele afirmou para este que agora escreve estas linhas, ser possuidor do maior “ACERVO CULTURAL DE ESCRITORES PIAUIENSES”.