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FDG - FEITOPORDGAUDIO

CORPO & USO, UM POUCO DE TUDO; POESIAS, CULTURA E MODA

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CORPO & USO, UM POUCO DE TUDO; POESIAS, CULTURA E MODA

15.04.12

A ORIGEM DO CORSO CARNAVALESCO EM TERESINA


dgaudioprocopio o Poeta

 
CORSO/CARNAVAL/TERESINA/ORIGEM

 FRANCISCO LOUREIRO DE PAULA

 

 

 

HISTORIA DO CORSO DE TERESINA

 

 

 

 

 

 

 

 

CORSO: Segundo o dicionário português, significa
carreata de carros. Desfile de veículos enfeitados.

 

 

 

 

Com a realização do corso em
Teresina no ano 2012 quando este mesmo entrou para o livro dos recordes,
criou-se um polémica em torno da criação deste evento. E procurando resgatar a
história de Teresina e a origem do corso, fomos atrás de informações com pessoas
que viveram na época em que começou tudo. Onde e quando se deu o inicio e seus
criadores.

Conversamos com dois personagens de
nossa capital que assistiram e participaram ativamente do corso.

 Segundo nossas pesquisas e contatos. O corso
teve inicio na década de 20, não foi possível até agora precisarmos exatamente
o ano. Mas sabe-se que fora nos meados dos anos 20. Segundo o senhor Loureiro
que reside na Rua Simplício Mendes ao lado do Colégio Zacarias de Góis o Liceu.
Onde hoje é sua residência era um prostíbulo. Um cabaré! Onde hoje é o Liceu
era uma quinta, (Roça) e havia uma trilha que passava pelo meio da quinta por
onde as pessoas se dirigiam ao cabaré.  Por trás da igreja das dores na Rua São Pedro
havia outro cabaré. Onde hoje é o shopping dos Camelôs também era outro Cabaré,
nas margens do Rio Parnaíba também tinha mais um cabaré. As casas que margeavam
o Rio Parnaíba eram todas de palha. E assim Teresina possuía na década 20,
vários bordeis que serviam como ponto de diversão para os boêmios das noites
teresinenses. Isso sem deixar de lado o famoso bar flutuante que ficava no rio
Parnaíba ao lado do mesmo lugar onde hoje é o Shopping Teresina.

Na Rua Lisandro Nogueira (ANTIGA RUA DA GLÓRIA, OU RUA DA ESTRELA)
mais ou menos da altura da Rua 24 de janeiro havia um barracão onde funcionava
em baixo uma alfaiataria e em cima um sótão, onde tudo se iniciava. Ou onde
tudo se iniciou. Dalí saiam os desfiles do corso com seus carros enfeitados e
repletos de dançarinos. Segundo o senhor Loureiro um dos fundadores do
movimento foi o senhor. Celebero funcionário dos Correios e o senhor Godofredo funcionário
do Banco do Brasil que trabalhava como contínuo e era proprietário do cabaré “ESTRELA” Esse também era proprietário
de um cabaré.

Pelo lado das raparigas, tinha três
mulheres que organizavam o desfile das raparigas. Eram mulheres muito bonitas e
distintas. Eram elas: Maria José Aguiar, Raimundinha e Luzia. Elas desfilavam
com roupas longas, bonitas e importadas. 
Muito luxo no desfile! Até os carros eram importados.

Caminhões internacionais, como disse
o senhor Loureiro. Isso por que a igreja proibia a contratação de carros da
cidade. Haja vista que nessa época a igreja tinha muita influencia perante a
sociedade e intervia nos costumes do povo e na educação dos jovens.

Segundo o senhor Loureiro, todos
participavam com alegria.

Perguntei-lhe se na época por ser
uma sociedade ainda conservadora, havia algum tipo de preconceito. Ele me respondeu
que não! Todos participavam sem nenhum problema.

 

 

 

DR. JOSÉ RAIMUNDO TEIXEIRA E SILVA

 

Outro entrevistado também foi o
advogado Dr. José Raimundo Teixeira e Silva. Segundo suas informações sua mãe
era uma participante do corso carnavalesco. Aliás, quase toda a sociedade participava.
Todos aqueles que gostavam do carnaval.

Seguindo sua orientação e ouvindo
suas palavras, transcrevemos o que eles nos afirmaram. E juntando as
informações dos entrevistados, descobrimos a rota do corso na década de 20.

 

O corso tinha o seguinte percurso:
Iniciava-se na Rua Lisandro Nogueira, seguia pela Rua Barroso, passava pela
Praça Rio Branco, ia até a rádio pioneira subia pela Rua Paissandu chegando ao
Karnak passava pela Rua 7 de Setembro que se chamava Rua do fio ao lado dos
correios voltava pela Rua Lisandro Nogueira e parava na Praça do Liceu.

Esse era o percurso do corso
carnavalesco na década de 20

 

 

 

Por DGáudio Procópio