É PATÉTICO SER ESCRITOR NO PIAUÍ?/BRASIL
dgaudioprocopio o Poeta
FAZER CULTURA NO PIAUÍ É PATÉTICO?
Há trintas anos que venho lutando contra tudo e contra todos nesse duro caminho da escrita, caindo aqui, tropeçando acolá, mas, sempre mirando o horizonte em busca de um sonho: ser um escritor, a bem da verdade não é exatamente o termo para uma definição de D`Gáudio Procópio, mas, sim Poeta.
Hoje, posso assim dizer que consegui atingir meus objetivos: um Poeta. Mas, não foi graças aos incentivos do governo, de projetos e leis de incentivo à cultura ou mesmo apoio de familiares; mas por vontade própria, persistência e perseverança.
Após longos trinta anos de luta, consegui escrever cinco livros e publicar dois. Hoje sou chamado de poeta e reconhecido como tal, para mim está de bom tamanho.
Vales ressaltar igualmente que o apoio dispensado aos artistas locais beira a um número próximo de zero, digamos 0,01% e para não zerar o marcador temos alguns guerreiros que fazem programas e administram ONGs com o intuito de ajudar a literatura piauiense, professor Luiz Romero, Cineas Santos, e um que podemos qualificar como pioneiro no tocante ao incentivo cultural e editoração de obras genuinamente piauiense, a saber, o empresário Leonardo, proprietário da Editora Nova Aliança.
Ademais, concluído o trabalho e editoração do meu último trabalho, a biografia de Catana: O último Cangaceiro, uma obra literária e histórica de suma importância para o Piauí, haja vista que coloca o Estado no cenário do cangaço e de uma cultura épica que até hoje é estudada e pesquisada por sociólogos, antropólogos, historiadores e folcloristas.
Pois bem, conseguindo o grande sonho de todo autor, que é publicar escritor corre atrás do meio mais fácil (aparentemente) para divulgação, vai aos meios de comunicação áudio visuais, algumas concedem um espaço, mas, outras que são a maioria negam um espaço, e dentre as tais ainda tem quem conceda uma pequena participação, mas obstruindo o patrocinador, aquele que abriu o caixa e investiu no seu trabalho.
Ora, convenhamos, onde fica o incentivo à cultura e apoio aos artistas da terra?
A emissora não lhe permite citar seu benfeitor porque vai desfalcar o caixa e obstruir o faturamento da emissora de TV.
Então! Em meio a tudo isso uma notícia choca o país e o mundo literário. Diz o texto: “SER ESCRITOR NO BRASIL É PATÉTICO!”, segue a matéria.
“SER ESCRITOR É A PROFISSÃO MAIS PATÉTICA DO BRASIL”
“Primeiro foi lançada a "Granta 121: os melhores jovens romancistas brasileiros", edição de 2012 da revista literária britânica. Em seguida, o Brasil figurou como convidado de honra da Feira do Livro de Frankfurt deste ano, realizada em outubro passado com a participação de aproximadamente 90 autores brasileiros que representaram a diversidade literária do país. No ano que vem, vamos desempenhar um papel semelhante na Feira do Livro de Gotemburgo, na Suécia, e na Feira do Livro Infantil de Bolonha, na Itália E, mesmo assim, apesar de todo esse alarde, quando estiver no Brasil não conte a ninguém que você é escritor. Isso porque, além de ter o crédito negado no mercadinho do bairro, os brasileiros quase certamente vão rir de você e perguntarão imediatamente: “Não, sério”. O que é que você faz para viver?”.
“A menos que seu nome seja Paulo Coelho, escrever é uma ocupação considerada tão útil e rentável quanto coletar ranho de baleia.”
Dado a tudo isso não deveriam ficar chocados já que não investem nos autores.
É pura demagogia e hipocrisia irritar-se com tal matéria, já que não fazemos o dever de casa.
Por D`Gáudio Procópio
Teresina, 07 de junho de 2014.