ZERO HORA
dgaudioprocopio o Poeta
ZERO HORA
Já passa da meia noite...
O sono tirou uma licença,
Mas deixou em seu lugar
A fria melancolia insípida.
Em um espesso nevoeiro
Mergulha esta alma aflita
Que divaga e vaga vazia
Entre demência e o feito.
Zero hora e quarenta e um...
Que importância tem a ti?
Onde inebria a alma em si
Num vale deserto para um?
De sonhos e visões espectrais
Atormentadas por insônias
Onde beira a demência lírica:
Contos tristes, em sinfonias.
Pouco importa a escuridão
Em que vagas tua insólita
Ironia em devassidão contida
Entre desejos e posta solidão.
Já passa da meia noite ó ébrio!
Pois ébrios são os teus delírios
Em sombras nefastas bem frias
Duma noite de calafrios pós dia.
D Gáudio Procópio